Com o decorrer dos anos vão os artistas jovens amadurecendo as suas qualidades e vão adquirindo uma maior destreza técnica. Não surpreende que a necessidade de mostrar os resultados do trabalho entretanto cumprido. Umas presenças em exposições colectivas, o desafio da exposição individual. Desafio que, chegada a hora, também é vencido.

Depois são os sucessivos degraus de uma carreira. O pertinaz prosseguir de uma vocação que se não desmente. É, para o analista, um dos mais aliciantes fenómenos constatar estas fases onde a afirmação se torna cada vez mais segura e a segurança é, de exposição para exposição, confirmada.

Os méritos vão sendo o corolário deste modo de estar presente, de comparecer, de se publicitar. Porque são já um reconhecimento.

Vêm estas palavras a propósito das obras de Ana Paula Miraldo e Henrique de Matos reunidas nesta exposição.

Cada um demonstrando possuir já uma linguagem plástica caracterizadamente própria e que denota valores de muito merecimento. Nos teores cromáticos que cultivam, nas expressividades matéricas que exibem, no modo como resolvem o enunciar da sua relação com o real, no uso da linha que fazem. E, na sua diferença ou disparidade, conseguem uma e outro obras de grande poder de sugestão e capazes mesmo de desencadear processos de associação muito ricos. Assim como favorecer plurais estesias, que não sendo a razão única da obra de arte é, sem dúvida, uma das suas razões nucleares.

Sabedores de que a informação estética é um quesito que a arte não pode dispensar, Ana Paula Miraldo e Henrique Matos vão mesmo mais longe. Porque manifestam, com critérios distintos, que em cada arte os recursos formais e os meios materiais utilizados são não meros meios ou recursos, mas verdadeiros fins e os seus mais legítimos valores. Aqueles que lhe conferem identidade e, portanto estatuto. Razão de sobra para aguardar com reforçadas expectativas os resultados das procuras a que venham a proceder no futuro imediato.

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Le monde coloré de Matos

Téléphoto Ph. A.

* Documento PDF

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Des huiles pour Ia plupart, aux vives couleurs dont Tamalgame três réussi attire immanquablement le regard.

C'est Ia première fois que Henrique Matos expose en France, se première exposition remontant en 1982 au Portugal à Augusto Gomes - Matosinhos.

Depuis le jeune peintre a de nouveau expose à Matosinhos en 1987 au Portugal en 1989 pour cê qui est dês expositions indivi-duelles.

Par ailleurs, il participa également à de nombreuses exposi-

tions collectives en 1985 à Ia galerie Almada Neireyros de Lisbonne, en 1986, à Ia galerie A.S. de Porto, en 1987 à l´université catholique ; à l'école supérieure des Beaux Arts de Porto, à Matosinhos et à l'exposition de professeurs.

Cês dernières années, il pré-senta sés ceuvres également à Valongo au Fórum Wallis Longus en 1988 et en 1989 au centre culturel de Fafe.

Un passage au centre culturel de Fréjus slmpose.

Photo L. F.

Au cours de se chaleureuse allocution, Mme Tholozan felicita les trois lauréats, rendant également un hommage appuyé à M. Michel Maiffret, organisateur du "Quai dês États-Unis en fête" - sans oublier Mme Pierre Barrau, Commissaire-Général de Ia Galerie dês Ponchettes, au dévouement inlassable.

Elle souligna encore l'exceptionnelle politique de soutien à Ia Culture en general, et aux jeunes artistes en particulier, mise en oeuvre par Ia Ville de Nice.

Chaque laureai fut ensuite presente, un à un, aux três nombreuses personnalités qui se pressaient à ce vernissage : le peintre Niçois, Pascal d'André (à propôs duquel notre confrère Frédéric Altmann n'a pás hesite à écrire, dans Nice-Matin, qu'il "témoigne d'une puissance créatrice d'un grand intérêt" ; son camarade, le sculpteur Niçois Richard Voigt (auquel nous promettons une belle carrière, s'il conserve sa sincérité et son authenticité dégagée de toute influence "d'école") et le peintre Portugais Henrique Matos (à Ia singulière inspiration onirique). Rappelons que le Jury était composé de : R. Gianangelli (ancien Commissaire-Général du Musée Picasse d'Antibes), Président ; de William Tapia, artiste-peintre au renom aujourd'hui international ; de France Raysse et Ultra-Violet (célebre romancière et peintre franco-américaine), et de Guido (l'inventeur des happenings sous-marins).

Nice-Magazine souhaite bonne chance à ces trois jeunes créateurs.

A.L.

Photo Ville de Nice:Patrick Poplimont

Do mito cósmico à génese do vido, o labirinto é revisitado e as origens perscrutadas em demanda da memória de outros mundos.

Máscaras de intranquilidade, comoções projecções, signo incómodo, sinal autómato, único diluído.

A cidade velha como álibi, interseccionada, reconstituída e novamente dissecada, ferida pelas cores da terra e da pedra.

Entre raízes telúricas e assomos de intemporalidade, a pintura de Henrique Matos captura o espectador, suscita a manifestação da pluralidade dos discursos... e dos sentidos

Carlos Fernandes

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